segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Dia em Que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still) 1951


Num dia replecto de eventos, uma nave alienígena aterra em Washington, e dela surge um emissário do outro mundo (Rennie), que assume a forma humana. Ele tem uma mensagem para todos os habitantes da Terra, mas não irá revelá-la, a menos que todas as nações do mundo estejam presentes para ouvi-la. O ser escolhe uma mãe e um filho (Patricia Neal e Billy Gray) para transmitir esta directiva, mas, infelizmente, este é um mundo dividido e não pode aceitar a mensagem prontamente. Será que a incapacidade da humanidade em se unir irá levar à sua destruição?
O Dia em que a Terra Parou condensa Cristo, Lincoln e os ideais das Nações Unidas em Klaatu (Michael Rennie), um porta-voz interestelar para a "proteção mútua de todos os planetas e eliminação completa da agressão" e, ao fazê-lo, torna a força alienígena numa missão de paz, dissociando-os de qualquer discurso da supremacia americana, militar, política e moral, ou, pelo menos, esclarecendo que só existem na medida em que estão preparados para acabar com todo o tipo de guerra em nome da cooperação global e conciliação.
É certo que é parco em acção e efeitos especiais, e este clássico de Robert Wise de ficção científica inovadora pode parecer estranho superficialmente, mas este conto subtilmente paranóico de um mundo em crise ainda é enervante nos dias de hoje, como era nos anos 50. "The Day the Earth Stood Still" de facto transcende o seu género, tendo como objectivo a desconfiança generalizada e a intolerância da época, caracterizada pelo macarthismo e a Guerra Fria. O realizador, que fez a montagem de "Citizen Kane" e que viria, mais tarde, a realizar "The Haunting" e "The Sound of Music", consegue retirar performances bastante sólidas do seu elenco, com um Rennie contido e uma Patricia Neal a carregarem o filme.  
Indispensável para os fãs do cinema dos anos 50, e todos os devotos de sci-fi.

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