segunda-feira, 28 de julho de 2014

Patrick (Patrick) 1978



Depois de uma morte chocante da sua mãe e da sua amante, o sinistro Patrick está em coma num hospital privado, e a sua única acção passa por cuspir. Quando uma jovem e bela enfermeira, separada recentemente do marido, começa a trabalhar no hospital, sente que Patrick tenta comunicar com ela, e que tenta usar os seus poderes psíquicos para controlar a sua vida.
Depois do sucesso de "Carrie" (1976), estava aberto mais um caminho para explorar no cinema. Os filmes sobre poderes psíquicos de repente faziam parte da linguagem dos filmes de terror, e estava na hora de apanhar boleia, e aproveitar a onda enquanto era possível. Estava na hora de prender os fios invisíveis aos objectos, e arremessá-los contra as paredes, graças ao poder da mente liberta. Estes filmes representavam o maior medo de todos os pais, e, simultaneamente, a sua grande esperança. Os poderes sobrenaturais que Carrie White usava para decretar a sua vingança sobre os seus colegas de escola, eram o sonho de qualquer jovem reprimido, maltratado ou abusado na infância.
A beleza de "Patrick", produção australiana, é não seguir pelo caminho mais fácil, em que nos sentimos identificados pelos personagem principal. Em vez disso, mostra o que ele realmente é - uma criança mimada num corpo de adulto, sem qualquer preocupação com os outros sempre que ele faz alguma coisa contra alguém ao seu redor.
"Patrick" foi essencialmente feito como uma resposta a "Carrie", mas conseguiu ir muito mais longe do que isso, graças ao seu realizador, Richard Franklin, discípulo de Hitchcock, que depois faria filmes como "Road Games"ou "Psycho 2". Na altura ele tinha feito apenas filmes para TV, e filmes de softcore como "Fantasm". Fez enorme sucesso em alguns países da Europa, e conseguiu prémios importantes, em festivais como Avoriaz ou Sitgés.

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