quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Choque (Boom!) 1968

A incrivelmente rica escritora Sissy Goforth (Elizabeth Taylor) vive sozinha com as suas criadas e enfermeiras numa ilha do Mediterrâneo, onde cria as suas próprias regras. Os seus dias consistem em ditar a sua biografia e implorar por injeções.É então que chega à ilha Chris Flanders (Richard Burton), conhecido como “o anjo da morte”, um homem com bastante charme, que tem o hábito de “visitar” mulheres infelizes pouco antes das suas mortes. E também lhe aparece o seu vizinho, conhecido como “A Bruxa de Capri” (Noel Coward), e juntos eles partilharão um jantar que mudará as suas vidas…
"Boom!", de Joseph Losey, é um dos filmes mais mal amados e criticados do final dos anos sessenta. O orçamento previsto de 3,9 milhões de dólares foi largamente ultrapassado, tendo ultrapassado os 10 milhões, em parte para pagar o salário do casal maravilha, Elizabeth Taylor e Richard Burton, e vestir Taylor com os seus maravilhosos fatos Tiziani (muitos desenhados de propósito por Karl Lagerfeld) e jóias Bulgari, além da construção de um cenário fabuloso. Os críticos não gostaram de todas estas extravaganzas, e desprezaram o filme. Muitos espectadores saíram dos cinemas antes do filme terminar, completamente perplexos com o que tinham acabado de ver. 
Na verdade o filme deve ser visto como realmente é: um "Camp Classic" da mais elevada ordem (portanto, menor). Alegadamente, consta-se que toda a gente estava bêbada enquanto decorriam as filmagens. Noel Coward sorri de forma pouco adequada várias vezes durante o filme, e Burton parece estar intrigado com o absurdo de falar as suas linhas ridículas. Baseado na peça de Tennessee Williams chamada "The Milk Train Doesn’t Stop Here Anymore", que também foi o autor do argumento, acabaria por custar caro ao escritor, pois até à sua morte em 1983 nunca mais viu uma história sua ser adaptada a um filme de série A em Hollywood. Mesmo assim, aqui fica ele para ser visto.

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