segunda-feira, 24 de outubro de 2016

55 Dias em Pequim (55 Days at Peking) 1963

Uma comovente história de amor e lealdade, quando um pequeno grupo de estrangeiros se vê encurralado no interior da Cidade Proibida de Pequim, cercados por milhares de fanáticos chineses, durante a revolta dos Boxers. A coragem e liderança de um major do exército americano (Charlton Heston) e do Embaixador inglês (David Niven) são a única esperança, enquanto uma bela Condessa russa (Ava Gardner) tem de escolher entre a liberdade e os seus compromissos.
Os rebeldes (Boxers) eram anti colonialismo, anti cristãos e até mesmo anti ocidentais, e o seu ódio às forças impertinentes que tentavam tomar conta do país aumentava para níveis de rancor, violência, assassinatos cruéis, forçando a Aliança a reforçar a sua posição fora da cidade imperial. O governo chinês foi apanhado numa posição difícil em que o seu apoio desigual aos Boxers assegurava que país não fosse dividido pela aliança. O comandante Ronglu tentou agir como um tampão, para impedir o apoio total aos Boxers, e tentar influenciar contrariamente a influência do príncipe Qing, que podia levar a uma guerra.
Foi o ultimo filme visto pelo presidente John F. Kennedy na Casa Branca (a 10 de Novembro de 1963), e era também o adeus de Nicholas Ray a Hollywood, sendo substituído durante as filmagens pelo seu assistente, Andrew Marton. O argumento era adaptado do livro "55 Days At Peking", de S. Edwards, a seis mãos, por Robert Hamer, Philip Yordan, e Bernard Gordon. Esta aventura animada, mas muito comprida, é passada em 1900, em Peking, durante a revolução dos Boxers. Esta representação histórica tem a tarefa pouco invejável de tentar desculpar o imperialismo estrangeiro na China, como uma espécie de direito de deus reservado para os americanos e os europeus. O filme é por vezes brilhante, no seu scope épico (filmado em Super Technirama 70), mas o produtor Samuel Bronston retalhou-o na sua remontagem.
 Para além do trio de protagonistas, Ray tinha também uma constelação de estrelas a trabalhar com ele: Flora Robson, John Ireland, Harry Andrews, Leo Genn, Paul Lukas, entre outros.

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1 comentário:

Emanuel Neto disse...

Mais um belo épico! Samuel Bronston queria que Charlton Heston fosse o protagonista do seu filme seguinte, "A Queda do Império Romano", mas Heston recusou porque não queria contracenar outra vez com Sophia Loren (tinham-se encontrado em "El Cid").
A construção dos cenários deste filme, principalmente a Cidade Proibida, foi um projeto extremamente caro para a época.