quarta-feira, 29 de março de 2017

A Cidade Tenebrosa (Dark City) 1950

Depois de ter a sua casa de apostas fechada pela polícia, Danny Haley (Charlton Heston) e os seus amigos Augie (Jack Webb), Soldier (Harry Morgan) e Barney (Ed Begley) ficam sem dinheiro. Os quatro fazem um jogo de póquer com Arthur Winant (Don DeFore) e ganham-lhe todo o seu dinheiro, inclusive um cheque de 5 mil dólares que não pertencia a Arthur, que, desesperado, se suicida. Depois desta tragédia, os quatro amigos achavam que estavam com todos os seus problemas resolvidos mas não fazem idéia que Sidney, o irmão de Arthur cujo rosto ninguém conhece, é um psicopata que, para vingar a morte do irmão, começa a matar todos os envolvidos no jogo.
Charlton Heston faz a sua estreia oficial como actor principal de um filme de Hollywood, que apesar de ser uma obra pouco ambiciosa, destaca-se pelo excelente elenco: Lizabeth Scott, Viveca Lindfors, Dean Jagger, Ed Begley, entre outros. Heston não tem ainda muita dimensão para além da sua arrogância e distancia emocional, mas a sua presença sólida ajuda a levar o filme a bom porto. Dean Jagger é o policia inteligente e silenciosamente eficaz que dá uma boa réplica ao actor principal. É o mais interessante de um trio de dramas de crime que a Paramont realizou no inicio da década de 50. Os outros dois são "Union Station" (1950), de Rudolph Mate, com William Holden e Barry Fitzgerald, e também "Appointment With Danger", (1951) de Lewis Allen, com Alan Ladd no papel de um inspector no rasto de criminosos violentos, entre os quais Harry Morgan e Jack Webb, uma vez mais do lado errado da lei.
A posição de "Dark City", realizado por William Dieterle, no território do film noir, é geralmente vista como um bom exemplo, apesar de um argumento medíocre. Os argumentistas John Meredyth Lucas e Larry Marcus estendem as coisas um pouco longe demais, e durante demasiado tempo, mas ainda assim há uma quantidade razoável de bons momentos para saborear.

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