domingo, 12 de março de 2017

Lúcia e o Sexo (Lucia e el Sexo) 2001

Lúcia é empregada de mesa num restaurante em Madrid. Depois de acabar com uma relação de longa data, procura refúgio numa ilha mediterrânica. Aí, numa atmosfera impregnada de ar fresco e luz, começa a reviver os momentos obscuros desse passado, como se fossem passagens proíbidas de uma novela que o autor, agora, autoriza-a a ler.
Escrito e realizado por Julio Medem, "Lucia e o Sexo" segue uma estrutura similar ao seu filme anterior, o notável "Os Amantes do Círculo Polar", em que o seu significado é composto por imagens, linguagem e narrativa, todas desdobrando-se umas nas outras, e enrolando-se umas nas outras ao mesmo tempo. Os personagens espelham-se e refratam-se uns aos outros, as suas histórias são similares e paralelas etrelaçando-se, fluidas e fragmentadas. Todas as histórias são sobre sexo, a intensidade e intimidade oferecidas pelo sexo bem como a ilusão da segurança. Isto significa, em parte, que o filme está cheio de cenas de sexo consumado, close-ups e explicito, mas tudo muito artistico.
Medem circula sempre tão próximo da linha entre a ficção e a realidade que nunca sabemos realmente o que é real e o que não é. Mas isso também não interessa, o que é realmente importante é o poder do desejo e da sexualidade, as tentações da fantasia. Existem poucos filmes que representam o sexo na tela com maior beleza ou sensibilidade, capturando acima de tudo a diversão do grande sexo. O sexo visualizado por Medem é profundamente feliz e puro, com uma intimidade que estabelece a real afeição entre os seus personagens.

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